A edição desta semana de ‘Pensando o Brasil’, programa de entrevistas apresentado por Adalberto Piotto e produzido em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), recebeu um “Mestre do Jornalismo”: Heródoto Barbeiro. Ao participar da atração, o jornalista colocou em discussão o trabalho da própria imprensa.
Leia mais:
- Jornalistas são apedrejados no Recife
- Diário esportivo Lance é vendido
- Entidades lançam Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores
Vencedor do Prêmio Comunique-se na categoria ‘Âncora de Rádio’ em três oportunidades, Heródoto usou a experiência como historiador e professor para analisar determinados assuntos. Na conversa com Piotto, ele destacou, por exemplo, os reais sentidos de palavras como “genocida” e “fascita”. “Banalização”, definiu o comentarista da Record News.
Chamar alguém de genocida é algo gravíssimo
Heródoto Barbeiro
“Em vez de eu discordar de você e das suas ideias (…), eu prefiro ‘carimbar’ você com alguma coisa que a sociedade possa entender como ruim”, exemplificou Heródoto Barbeiro. “Muitas pessoas não sabem o que é o fascismo”, enfatizou. “Chamar alguém de genocida é algo gravíssimo. Quando você fala de genocida, eu me lembro de dois. Na direita, Hitler. Na esquerda, o Stalin”, continuou o jornalista.
De forma direta — e geral —, Heródoto teceu críticas à imprensa atual. Nesse sentido, indicou a necessidade de se ler (e entender) determinado assunto antes de emitir alguma opinião. A opinião da era do ‘lacrar‘, conforme define a equipe do portal do CIEE. “Se perguntar numa redação o que é o Ministério Público, a maioria vai dizer que ele faz parte do poder Judiciário”, lamentou o “Mestre do Jornalismo”.
Heródoto Barbeiro, Adalberto Piotto e o jornalismo na era das redes sociais
Questionado a respeito de como os jornalistas e os veículos de comunicação devem se portar diante de conteúdos replicados a todo instante em plataformas de redes sociais, Heródoto Barbeiro destacou a necessidade de se diferenciar pela credibilidade. “Temos que fazer aquela pergunta clássica: será que isso é verdade?”. Para isso, é preciso apurar, ressaltou. Por fim, o entrevistado lembrou que profissionais da imprensa devem sempre ter em mente uma coisa: “quem julga é o público”.