Mato Grosso do Sul vive um novo momento nas narrações esportivas. Pela primeira vez na história, o estado tem partidas de futebol narradas por uma mulher, a jornalista Isabelly Melo. O jogo de estreia da narradora foi realizado no dia 14 de abril.
Aos 23 anos, Isabelly é repórter esportiva na rádio CBN da capital sul-mato-grossense, Campo Grande, onde iniciou como estagiária. E apesar de não imaginar que chegaria à narração, confessa que sempre foi uma grande admiradora do trabalho do seleto grupo de mulheres que ocupam a função no Brasil – e do qual agora faz parte, ainda que considere uma participação mínima.
“Eu não me enxergo no patamar delas, mas me sinto muito feliz de ter começado a trilhar um caminho que pode me projetar para onde essas mulheres estão hoje. É uma sensação muito boa ver mulheres ocupando espaços onde, até então, estávamos acostumadas a ver apenas homens”, declara em entrevista ao Portal Comunique-se.
A experiência também trouxe consigo muitos aprendizados à jornalista que é apaixonada por futebol desde a infância e, até então, estava acostumada com as reportagens sobre o esporte. “Eu passei a ver que é uma profissão muito mais difícil do que eu imaginava, mas muito gostosa e muito desafiadora“, pondera.
Com a boa surpresa sobre a aceitação do público, agora, alguns de seus próximos passos na carreira já estão confirmados. Além das transmissões da série B, Isabelly já recebeu convites para narrar partidas estaduais de times da série A. Para ela, isso representa um passo que poderá aproximá-la de seus objetivos, que são a cobertura da Copa do Mundo Feminina, das Olimpíadas ou das Paralimpíadas.
Na CBN, a jornalista que atua como repórter de esportes desde 2017 (quando entrou como estagiária) foi homenageada ao vivo. Na ocasião, ela contou ainda aos ouvintes como foi a experiência. “É muito doido como a gente chega em lugares que eu não imaginava chegar. Foi um convite de última hora, acho que por isso não deu tempo de ficar nervosa”, revelou.
De acordo com matéria publicada pela revista Lance!, a presença de mulheres nessa função é recente. No Brasil, a primeira a ocupar as narrações foi a jornalista Luciana Mariano, em 1997, quando passou em um concurso promovido pela Band.
Desde essa data, a narração feminina tem ganhado espaço, mas segue com número expressivamente menor do que a participação masculina. Um exemplo de que o reconhecimento neste espaço ainda segue em construção é no próprio Google Docs, que sugeria a troca de “narradoras” por “nadadoras” ao longo da escrita deste texto.
Na Rede Globo, a primeira narradora de futebol foi contratada recentemente. Renata Silveira passou a integrar a equipe da emissora em dezembro de 2020. Outros grandes nomes da narração feminina no futebol já atuavam em canais como a Band ou os esportivos da Disney, como é o caso de Luciana Mariano, Isabelly Morais e Natália Lara.
Para as mulheres que buscam o mesmo caminho, a primeira narradora de Mato Grosso do Sul, Isabelly Melo, ressalta a importância de seguir produzindo o que gosta, ainda que isso seja carregado por críticas. “Mulher gosta e sabe falar sobre esporte, sobre futebol”, finaliza.
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