Com o objetivo de dispersar a imprensa, um PM deu dois disparos de fuzil
Jornalistas foram ameaçados à mão armada por policiais militares, na Bahia. As equipes de reportagem faziam a cobertura do caso de um membro da PM que apresentou surtos psicóticos e disparou tiros para cima na tarde deste domingo, 28, em Salvador. Para dispersar a imprensa, um soldado disparou tiros de fuzil.
De acordo com matéria publicada pelo jornal Correio, da Bahia, as ameaças foram feitas por um profissional que tentava conter o atirador. Além de dar dois tiros ao alto, os policiais também teriam empurrado os jornalistas, de acordo com relatos feitos ao veículo.
O fotojornalista do jornal, Arisson Marinho, estava no local e revelou que a aproximação aos profissionais ocorreu após uma correria das equipes de reportagem no local, que estavam assustadas com os tiros entre os policiais.
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“Após todo mundo correr, nessa agonia, abriu um espaço vazio e a imprensa começou a ocupar esse espaço. Foi quando um policial começou a gritar para a gente voltar. Um colega perguntou se ele ia agredir a imprensa, e o policial respondeu que ia mesmo. Então começaram os empurrões e, em seguida, dois tiros para o alto”, relatou ao Correio.
Entidades de jornalismo se manifestaram sobre o caso, condenando o comportamento dos PMs. No Instagram, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) compartilhou o vídeo do momento e o manifesto do Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (Sinjorba), que ressaltou que a agressão foi desnecessária.
“Assim como a equipe de policiais do BOPE fazia o seu trabalho, o mesmo faziam os jornalistas na área de operação, registrando a reação policial, porque essa é a tarefa do bom jornalismo: informar à população, noticiar, reportar os fatos”, pontuou o texto.
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