Teve início na quarta-feira, 25, um expediente especial do projeto Comprova sobre o novo coronavírus, causador da Covid-19. Os 24 veículos de comunicação que compõem a coalizão agora se dedicam a monitorar redes sociais e aplicativos de mensagens em busca de informações duvidosas sobre o vírus e a doença.
Além de reforçar a capacidade de verificação dos conteúdos já desenvolvida por diversas iniciativas no Brasil e no mundo, o objetivo da iniciativa é expandir a disseminação das informações verdadeiras. Fazem parte da coalizão do Comprova veículos impressos, radiofônicos, televisivos e digitais de grande alcance, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, SBT, Band News FM e UOL.
“A imprensa como um todo tem feito uma ótima cobertura direcionada para o coronavírus. O conteúdo informativo e de serviço está muito bom. Mas o conteúdo de verificação da desinformação que circula nas redes precisa ter seu alcance reforçado”, explica Sérgio Lüdtke, editor do projeto Comprova.
É possível enviar ao projeto sugestões de conteúdos duvidosos e que podem ser verificados. No site, há o canal ‘Pergunte ao Comprova’, e os boatos também podem ser enviados por WhatsApp (11 97795-0022). Para acompanhar as verificações que serão produzidas, basta acessar o site do projeto e as redes sociais (Twitter e Facebook). Os 24 veículos membros da coalizão também replicarão as verificações em seus canais.
Presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Träsel reforça que a iniciativa pretende contribuir com a capacitação dos cidadãos na hora de discernir o que é falso sobre a pandemia da Covid-19. “Queremos desbancar os boatos nocivos, mas também instrumentalizar jornalistas e o público em geral para identificar as características dos embustes e ajudar a filtrar desinformação de forma autônoma”, afirma.
O expediente especial sobre o novo coronavírus conta com patrocínio de Google News Initiative (GNI), Facebook Journalism Project, First Draft News e WhatsApp. Há, ainda, apoio da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
O projeto Comprova surgiu no contexto das eleições presidenciais de 2018, quando checou informações duvidosas sobre o polarizado pleito.
Ao longo do segundo semestre de 2019, o projeto se dedicou a verificar conteúdos suspeitos que circulavam nas redes sociais sobre políticas públicas no âmbito do governo federal.
Das 77 verificações realizadas em 2019, 88% mostram que o conteúdo era falso, enganoso ou estava em um contexto equivocado. Também foram produzidos estudos de caso, que detalham o passo a passo de algumas das principais verificações.
Em breve, será lançada a terceira fase da iniciativa, que segue investigando desinformações relacionadas à Covid-19, às políticas públicas federais e às eleições municipais de 2020.
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Por Mayara Paixão.
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