A repórter Bárbara Barbosa e o cinegrafista Renato Soder foram agredidos ontem (2), durante a produção de reportagem para a NSC TV, afiliada da Rede Globo em Santa Catarina. A dupla se preparava para entrar ao vivo da praia do Campeche, em Florianópolis, quando foi agredida por banhistas que não queriam ser filmados.
A situação iniciou com uma discussão entre a jornalista e um banhista, que ameaça de quebrar a câmera. Em seguida, outras pessoas cercaram Bárbara, que gravava a agressão, e chegam a tirar o celular de suas mãos. Ela sofreu arranhões nos braços.
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Bárbara entraria durante o Jornal do Almoço, transmitido às 12h, para mostrar a fiscalização ao decreto estadual que proíbe a permanência na faixa de areia. O grupo de pessoas que a cercou descumpria a medida e não queria a imagem veiculada no jornal.
A transmissão ao vivo deu lugar à denúncia do ocorrido. Ao apresentar as imagens, a âncora Laine Valgas se mostrou indignada com a agressão à colega e explicou que a equipe de reportagem. “O que nós fazemos aqui é divulgar, informar e cobrar o cumprimento de regras que não fomos nós que elaboramos”, ressalta.
A Associação Brasileira de jornalismo investigativo (Abraji), publicou nota de apoio aos jornalistas e solicitou que as autoridades encontrem os responsáveis e busquem as punições cabíveis. Também sobre o caso, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) publicaram nota de repúdio ao ocorrido e solidariedade à equipe da NSC TV.
“Não se configurou, nas imagens captadas pelos profissionais, a violação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, mas sim o registro, em ambiente público, uma praia, de pessoas desrespeitando todas as normas municipais e estaduais de prevenção individual e coletiva à contaminação pelo novo coronavírus”, ressalta o texto.