“Em outras palavras, o revisor que serve para um cliente não serve para outro”, avisa o leitor-articulista do Portal Comunique-se. Leia, abaixo, mais um texto de Edson de Oliveira
Em um tempo em que parece que a maioria das pessoas só tem cuidado com seu texto quando vai apresentá-lo a, por exemplo, uma banca acadêmica ou a um departamento de recursos humanos de uma empresa, revisor para quê?
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Depende, por exemplo, a primeira empresa creditada em minha legendária carreira de revisor precisava de revisor para corrigir erros de gramática em legendas de filmes; a segunda, para não só corrigir os mesmos erros encontrados na primeira, inclusive os de giditação, ops, digitação, mas também verificar a padronização das legendas e transcrever roteiros ou legendas de vídeo para produção de closed caption (legenda oculta); uma editora, para corrigir textos de revistas de arquitetura; um escritório de design, para corrigir textos de publicações corporativas, folhetos hospitalares e embalagens de produtos farmacêuticos; as empresas de transcrição de áudio e vídeo, para corrigir os erros do que nem preciso falar; os clientes do meio acadêmico, para corrigir erros de acentuação, pontuação, colocação pronominal, regência, concordância etc. em seus trabalhos de conclusão de curso; e minha mulher, que acha que hoje revisor é um artigo de luxo, para principalmente tirar ou colocar vírgulas em seus relatórios escolares.
“A primeira empresa creditada em minha legendária carreira de revisor precisava de revisor para corrigir erros de gramática em legendas de filmes”
O que significa que o cliente que precisar de um revisor para corrigir, por exemplo, um texto jurídico dificilmente vai contratar quem não tiver nenhuma ou pouca familiaridade com o juridiquês, em outras palavras, o revisor que serve para um cliente não serve para outro.