TSE abriu 30 processos sobre fake news nas eleições

As notícias falsas caíram na mira do poder Judiciário. Fake news em meio às eleições renderam processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Em levantamento feito pela assessoria do TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, foram contabilizados 30 processos relativos a notícias falsas nesta eleição.

O Partido dos Trabalhadores foi o que mais pediu ao tribunal que derrubasse páginas com supostas notícias falsas. Foram 9 pedidos de retirada de perfis do ar, dos quais 5 foram atendidos pelos ministros da corte e um ainda está em análise.

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O TSE derrubou, ao todo, 75 links com notícias falsas sobre o candidato do PT, Fernando Haddad, e a vice dele, Manuela D’ávila.

Na maioria dos casos, as notícias tinham apelo religioso, como, por exemplo, uma que dizia que Manuela D’ávila iria acabar com o cristianismo. Ou outra que, ela usava uma camisa escrita que Jesus é travesti, ou mesmo a notícia de que crianças a partir de 5 anos seriam propriedade do estado. Todos esses casos foram considerados falsos.

Especial

O PDT, partido de Ciro Gomes, foi o segundo com mais pedidos para retirar supostas fake news da internet. Foram sete pedidos, dos quais apenas um foi acolhido pelo TSE.

A página associava Ciro ao consumo de drogas, o que não é verdade. O partido de Jair Bolsonaro, o PSL, entrou com dois pedidos para retirar conteúdos do ar, mas não foram aceitos pelos ministros do tribunal.

O Conselho sobre Internet e Eleições do TSE se reuniu nesta quarta-feira, 10, para debater o tema. Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil, que tem uma cadeira no conselho, afirma que nunca viu tanta notícia falsa como nesta eleição.

O especialista em internet disse que há indícios de que fábricas de fake news estão promovendo conteúdos falsos para derreter candidaturas e questionar o próprio processo eleitoral.

Leia mais:

A presidente da Corte, ministra Rosa Weber, anunciou que o conselho do TSE vai atuar no segundo turno para identificar notícias falsas que buscam atingir a imagem da Justiça Eleitoral. Como, por exemplo, as fake news sobre fraude nas urnas.

Será elaborada uma página na internet para catalogar as notícias falsas que desacreditem o trabalho do TSE, e um aplicativo está sendo desenvolvido para o recebimento de reclamações diretas do eleitor.

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Reportagem: Lucas Pordeus Leon

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