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TSE impede monetização do Terça Livre e de outros canais bolsonaristas

TSE impede monetização do Terça Livre e de outros canais bolsonaristas
A determinação atende a um pedido da Polícia Federal. (Imagem: Carlos Moura/TSE)

A decisão é direcionada aos perfis investigados por propagação de informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro

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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão determinou a suspensão da monetização de páginas bolsonaristas investigadas por propagação de informações falsas a respeito das eleições brasileiras. O impedimento atende a uma solicitação da Polícia Federal.

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De acordo com Salomão, a medida foi tomada após as investigações apontarem que a divulgação das fake news acerca do tema teriam se tornado um negócio. Os valores recebidos por meio da monetização das redes sociais ficarão suspensos às contas durante o período das investigações. Durante o período, todo o valor arrecadado será direcionado a uma conta judicial vinculada à Corte Eleitoral.

“[As investigações] indicam a articulação de rede de pessoas, com tarefas distribuídas por aderência entre idealizadores, produtores, difusores e financiadores, voltada à disseminação de notícias falsas ou propositalmente apresentadas de forma parcial, com o intuito de influenciar a população quanto a determinado tema (também incidindo na prática dos tipos penais previstos na legislação), objetivando, ao fim, obter vantagens político-partidárias e/ou financeiras”, explica, no documento.

Alguns perfis citados no documento são: Folha Política, Jornal da Cidade On Line, Canal Universo (1 e 2) e Terça Livre. O impedimento é aplicado aos perfis no YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook.

Outro ponto destacado na determinação é que plataformas online deixem de recomendar outros canais e vídeos com conteúdo político aos usuários que acessarem os perfis citados no inquérito. As páginas poderão ser encontradas por meio de pesquisa ativa.

Críticas à determinação

O presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestou a respeito da determinação do ministro Luis Felipe Salomão nesta terça-feira, 17. Em entrevista à rádio cuiabana Capital Notícia, ele criticou a medida e caracterizou o ato como uma “barbariedade”.

“Ele [Alexandre de Moraes] está fazendo uma barbaridade [junto] com o ministro do TSE. O senhor Salomão que resolveu, numa canetada, mandar desmonetizar certas páginas de pessoas que têm criticado a falta de transparência no voto”, disse em entrevista à rádio.

Outras críticas também foram feitas por parte de internautas e personalidades apoiadoras do presidente, consideradas representantes da direita brasileira. A deputada federal Bia Kicis (PSL/DF) utilizou sua conta no Twitter para se manifestar a respeito da decisão, que considerou um ato de censura.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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