Atualmente conhecido como JC, Jornal do Commercio foi alvo de perseguição por parte do governo de Getúlio Vargas, quanto foi invadido e completamente destruído. História foi lembrada em sessão na Câmara dos Deputados
A Câmara realizou, na última semana, solenidade em homenagem ao centenário do Jornal do Commercio, conhecido atualmente como JC. Em discurso lido em plenário, o presidente Rodrigo Maia afirmou que a democracia brasileira se fortalece na medida em que veículos como o JC se fortaleçam.
“Jornais centenários, como o nosso homenageado, tornam-se referência para a manutenção do nosso estado democrático de direito. E a responsabilidade, credibilidade e alcance de um veículo como o Jornal do Commercio fazem a diferença”, disse Maia.
O jornal pernambucano foi fundado em 3 de abril de 1919 pelo jornalista, empresário, advogado, diplomata e deputado paraibano Francisco Pessoa de Queiroz.
Nos anos de 1930, o Jornal do Commercio foi alvo de perseguição por parte do governo de Getúlio Vargas, quanto foi invadido e completamente destruído. Os proprietários se exilaram na França e retornaram quatro anos depois, restabelecendo as atividades no jornal.
O deputado Tadeu Alencar (PSB/ PE), requerente da sessão, lembrou a história do jornal e reforçou sua importância para Pernambuco e para a região Nordeste. “É obrigatório reconhecer que o Jornal do Commercio trilhou um caminho secular afinado com os valores da alma pernambucana”, disse.
Impresso e online
O JC foi o primeiro jornal da América Latina a ficar disponível na internet. O presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, João Carlos Paes Mendonça, ressaltou que o setor da comunicação é conhecido por sua modernidade e constantes transformações. “No último ano passei muitos dias refletindo sobre o que significa uma empresa de comunicação passar a ser centenária. Debatemos cada vez mais a sustentabilidade do negócio e a forma como a sociedade deseja receber a informação”, disse.
Ele completou que o livre acesso à informação contribui para que a sociedade possa tomar decisões e transformar realidades: “Mas quando refletimos sobre o segmento, também pensamos o quanto a imprensa é relevante para o bem comum”, concluiu.
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Reportagem: Nicole Mattiello
Edição: Ana Chalub