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Você é um jornalista medíocre?

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“Hoje temos no mercado ótimos profissionais, mas um grande número de jornalistas medianos. São aqueles que não têm nenhum diferencial, que pararam no tempo, que acham que dá para ser jornalista como se era há 10 ou 20 anos”. Portal Comunique-se publica mais um artigo de Almir Rizzatto

A mediocridade está assolando nossa classe de jornalistas. E, quando uso este termo, refiro-me ao sentido literal da palavra: médio, mediano.

Hoje temos no mercado ótimos profissionais, mas um grande número de jornalistas medianos. São aqueles que não têm nenhum diferencial, que pararam no tempo, que acham que dá para ser jornalista como se era há 10 ou 20 anos… São os mesmos que sempre reclamam do mercado, das poucas oportunidades, dos baixos salários oferecidos…

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Falo isso com propriedade, porque lido diariamente com colegas de profissão, especialmente desde 2016, quando comecei a ministrar cursos para jornalistas. E porque, como fundador da agência RZT Comunicação e da Escola Digitalista, recebo muitos currículos com frequência.

Mas, cá entre nós, o que um profissional com este perfil que citei acima espera? Ser recrutado por uma grande empresa, agência ou veículo de comunicação? Receber diversos convites com ótimas e sonhadas condições de trabalho? Ser cobiçado por marcas que desejam contratar prestadores de serviços/freelas? É preciso parar com essa ilusão. Isso não vai acontecer. Não para os acomodados.

Muitos jornalistas estão se sabotando. Insistem em fazer apenas jornalismo. Resistem em ver outras possibilidades de atuação, como o marketing digital. Ignoram a necessidade de se capacitar para o que o mercado hoje exige. Sabe qual será o destino desses profissionais? A migração para uma outra área, por necessidade financeira e sobrevivência. Para fazer qualquer outra coisa, porque eles não se encaixam mais no mercado de comunicação. Sim, “comunicação”. É preciso mudar o mindset e começar a pensar além do Jornalismo.

“Muitos jornalistas estão se sabotando. Insistem em fazer apenas jornalismo. Resistem em ver outras possibilidades de atuação, como o marketing digital”

Para esta era pós-digital, falta mão de obra qualificada entre os jornalistas. Dê uma olhada nas vagas divulgadas no LinkedIn (que medo de ouvir você dizer que não usa LinkedIn…).

Ao pesquisar uma oportunidade usando termos como conteúdo digital, textos para sites/blogs, SEO ou copywriting, aparecem muitas vagas. Muitas mesmo. Mas sabe qual formação exigem? Marketing, Publicidade, Relações Públicas ou Jornalismo. Recentemente, uma aluna viu até Engenharia entre as opções de formação.

Veja só: para produzir conteúdo, para escrever textos, o mercado está buscando outros profissionais além de nós, jornalistas. Sabe por quê? Porque são poucos os formados em Jornalismo que têm conhecimento em SEO ou copywriting, por exemplo. Porque a maioria parou no tempo, não se reinventou, e parte do mercado ainda vê o jornalista como aquele profissional que sabe escrever bem, mas só uma reportagem… Não serve para produzir conteúdo digital ou fazer branded content.

E a culpa é do mercado ou nossa?

Dia desses, uma jornalista me chamou no WhatsApp e disse que meu curso online de SEO para jornalistas era caro. Um treinamento que hoje custa R$ 380 e que pode ser parcelado em 12 vezes de R$ 37,02 foi visto como caro. Um curso que capacita o jornalista para uma das habilidades mais exigidas hoje pelo mercado. Que pode proporcionar facilmente uma recolocação, como já aconteceu com ex-alunos. Um curso que se paga, logo de cara, quando você presta serviço para um primeiro cliente, mesmo que de micro porte.

Não vou nem falar no quanto eu investi (de dinheiro e tempo) para aprender SEO e estruturar o curso, direcionado e totalmente customizado para jornalistas.

Essa mesma pessoa que criticou está desempregada. Sinceramente? Nenhuma surpresa. Pior do que não ter conhecimentos considerados “obrigatórios” atualmente, é a pessoa não ver valor na sua própria capacitação, no seu futuro profissional, que tem total impacto na vida pessoal, familiar… É deste tipo de jornalista, medíocre, acomodado, sem diferencial, sem atrativo e sem visão, que me refiro. E que, infelizmente, é cada vez mais fácil de ser encontrado hoje em dia.

Faça uma autoanálise: quantas horas você estuda por dia ou por semana? Pode ser por meio de livros, e-books, podcasts, cursos, videoaulas, webinários… Quantos conhecimentos você adquiriu nos últimos tempos? O que aprendeu? Que nova habilidade adicionou no seu currículo? Você vem evoluindo ou estagnou? Avalie de verdade, pois isso provavelmente explique a sua condição atual (boa ou ruim).

“Faça uma autoanálise: quantas horas você estuda por dia ou por semana? Pode ser por meio de livros, e-books, podcasts, cursos, videoaulas, webinários…”

Um estudo da GlobalWebIndex, em 2019, mostrou que o brasileiro é o segundo colocando no ranking dos que passam mais tempo nas redes sociais – só estamos atrás dos filipinos. São 225 minutos diários. Isso mesmo: quase 4 horas por dia! Em geral, navegando a lazer no Facebook e Instagram. Já pensou usar metade deste tempo para estudar e agregar conhecimento (de verdade!) para si? Que sejam 30 minutos! Isso já faria tanta diferença…

Conheço diversos jornalistas, incluindo meus alunos, que decidiram não fazer parte do grupo dos medíocres. Eles queriam uma maior valorização profissional, mais liberdade de tempo (como empreendedores, no caso), não desejavam mais ser descartados como coisas nos frequentes passaralhos das redações…

Sabe o que eles fizeram para conquistar isso? Buscaram capacitação. E agiram. Sim, porque só o conhecimento também não basta. E eu sempre digo isso para meus alunos ao final dos cursos: coloquem a mão na massa, pratiquem o que vocês aprenderam, fucem nas ferramentas, testem, descubram, errem. Faz parte do processo. Foi assim que eu fiz.

“Conheço diversos jornalistas, incluindo meus alunos, que decidiram não fazer parte do grupo dos medíocres. Eles queriam uma maior valorização profissional, mais liberdade de tempo”

É preciso sair da zona de conforto. Mas nem todos estão dispostos a isso. Se você quer ser valorizado, valorize-se primeiro. Soa clichê, mas é verdade. Quanto mais nos capacitamos, mais nos fortalecemos.

Estude, da forma que for: através de materiais gratuitos que estão por aí, espalhados aos montes na internet, ou com os cursos prontos, que encurtam (e muito!) o caminho para o que você deseja e sonha. Faça isso por você. E acredite: valerá a pena.

No final, você terá a maior recompensa que qualquer trabalhador pode conquistar. Não me refiro a dinheiro, cargo ou status. Mas, sim, a ter orgulho do profissional que você se tornou.

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Almir Rizzatto

Jornalista, especialista em marketing digital, consultor, instrutor de cursos e fundador da Escola Digitalista e da agência RZT Comunicação.

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