A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) partiu para o ataque contra a TV Brasil. Em denúncia encaminhada na última semana ao Ministério Público Federal (MPF), a entidade jornalística acusa a emissora pública, mantida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), de ter promovido ação em favor do atual mandatário do país, inclusive no âmbito pessoal.
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Em nota publicada em seu site oficial, a ABI demonstra ser contrária ao atual ocupante do Palácio do Planalto, referindo-se a ele como o “ainda presidente Jair Bolsonaro”. Na denúncia, a instituição cita outros integrantes do governo federal e contesta a exibição de um evento de cunho religioso, de ordem evangélica, por meio da TV Brasil.
O motivo da denúncia foi o fato de o canal da EBC ter transmitido o Culto Internacional das Igrejas de Anápolis, no interior de Goiás, na última quarta-feira, 9. Além de Bolsonaro, dois ministros estiveram presente no evento religioso: Milton Ribeiro (Educação) e Onyx Lorenzoni. Ao MPF, a entidade ainda fala que a transmissão do culto permaneceu no ar – via televisão pública – por mais de uma hora.
“Um atentado à Constituição Federal”
“A transmissão do culto e a participação do presidente da República, do ministro da Educação e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência representam um atentado à Constituição Federal, que, em seu artigo 37 proíbe a promoção pessoal, além de atingir a laicidade do estado brasileiro”, posiciona-se a AI.
Checagem de fatos
Além da denúncia, a equipe da Associação Brasileira de Imprensa acusa o presidente da República de ter mentido ao discursar em meio ao culto religioso. “Durante o evento, segundo a Agência Lupa, Bolsonaro mentiu sobre fraude em eleições e óbitos pela Covid-19”, complementa a entidade, que aguarda por providências serem tomadas por parte de procuradores.