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Audiência de podcasts no Brasil dispara em meio à pandemia

Audiência de podcasts no Brasil dispara em meio à pandemia
57% dos entrevistados passaram a consumir este tipo de conteúdo durante a pandemia. (Imagem: iStock)

O levantamento aponta que o país ocupa o quinto lugar entre os países com maior consumo do formato audiofônico

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Desde o início da pandemia da Covid-19, os podcasts estão ganhando cada vez mais espaço. É o que aponta uma pesquisa divulgada na última semana pelo Grupo Globo, em parceria com o Ibope. Os dados mostram que o Brasil ocupa, atualmente, o quinto lugar entre os países com crescimento mais acelerado de adeptos ao formato.

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Entre os entrevistados durante o levantamento – realizado entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021–, 57% afirmaram ter iniciado o consumo de podcasts na pandemia da Covid-19. Além disso, entre os que já ouviam programas desse formato, 31% relataram ter aumentado o consumo dos conteúdos.

Guilherme Figueiredo, head de Áudio Digital da Globo, explica que um dos motivos para o crescimento do público ouvinte de podcasts no Brasil é a sensação de intimidade que os programas podem transmitir. No período iniciado em março de 2020, esses programas de áudio tornaram-se uma “companhia” a pessoas que se viram em isolamento social.

“Os podcasts falam ao pé do ouvido e criam uma relação íntima com o público, e a pesquisa vem para comprovar isso ao mostrar que mais pessoas passaram a se interessar pelo formato no contexto de isolamento social. Entre os entrevistados, são comuns os relatos de pessoas que dizem se sentir parte da conversa dos programas e, assim, se sentem menos sozinhas”, comenta Figueiredo, no material de divulgação do levantamento.

Como é o consumo dos podcasts?

O estudo realizado pela Globo também destacou que os podcasts são ouvidos, principalmente, durante a realização de outras atividades. Para 44% dos entrevistados, os programas são consumidos junto a tarefas domésticas, 38% relataram ouvir enquanto navegam na internet, 25% antes de dormir, 24% enquanto trabalham ou estudam, 24% no trânsito para trabalho ou faculdade, 20% com atividades físicas e 18% durante cuidados pessoais.

Com relação à duração, a preferência é de episódios com, no máximo, 30 minutos. Para 21% dos respondentes do levantamento, o tempo ideal é de até 15 minutos e, para 31%, a melhor faixa de duração é de 15 a 30 minutos. Materiais com 30 a 45 minutos são os favoritos de 20%, com 45 minutos a uma hora, de 13%, com uma hora a 1h30, de 9%, e com mais de 1h30, de apenas 5%.

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Outro dado relevante apontado pela pesquisa é o crescimento da relevância dos podcasts para o mercado publicitário. Ao passo que o formato ganha o gosto dos ouvintes, cresce também a relevância dos espaços para as marcas.

Entre as pessoas ouvidas durante o levantamento, 51% afirmaram lembrar-se de ouvir alguma publicidade nos programas que consomem. O mesmo número percentual de entrevistados considera que a associação de marcas a podcasts conhecidos atribui valor à empresa.

No jornalismo

Além de criadores de conteúdos de entretenimento, o podcast também conquistou os jornalistas e empresas de comunicação. Recentemente, grandes veículos de imprensa como a Globo, a CNN, a Record e têm investido na ampliação deste tipo de programa nas plataformas de streaming de áudio.

Em meio a este cenário, o Prêmio Comunique-se também deu um espaço para os jornalistas podcasters. Em 2021, o retorno do evento considerado o “Oscar do jornalismo brasileiro” passou a contemplar também esta categoria de profissionais da imprensa.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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