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Crônica esportiva em luto com a perda de Januário de Oliveira

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O locutor esportivo Januário de Oliveira. Sua morte foi uma notícia "cruel, muito cruel" para o meio. (Imagem: Reprodução/Twitter)

Narrador tinha 81 anos e marcou história no rádio e na televisão

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O jornalismo esportivo brasileiro está em luto. Na tarde de segunda-feira, 31 de maio, o narrador Januário de Oliveira não resistiu a complicações de uma pneumonia e morreu. Ele tinha 81 anos e estava internado em hospital de Natal (RN) havia 12 dias.

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A notícia da morte de Januário de Oliveira fez com que profissionais da crônica esportiva lamentassem publicamente. Galvão Bueno, por exemplo, fez questão de se referir ao colega como mestre da comunicação brasileira. O locutor da Rede Globo ainda relembrou alguns dos famosos bordões criados pelo agora saudoso amigo.

Conforme relembrado por Galvão, “taí o que você queria” foi um dos bordões que ajudaram Januário de Oliveira a marcar época na imprensa do país, passando por emissoras de rádio do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro antes de seguir carreira na televisão, com passagens por Band e Manchete.

No jornal O Globo, Thales Machado adaptou o famoso bordão como forma de prestar homenagem póstuma. Em obituário publicado na edição desta terça-feira, 1º de junho, o jornalista definiu o pensamento de boa parte do público: “taí o que vocês não queriam”, informou ao falar sobre a morte do locutor.

Narrador do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Ivan Bruno também relembrou um dos bordões de Januário para lamentar a perda. “‘Cruel, muito cruel’ é termos de nos despedir de um dos maiores narradores esportivos do Brasil”, escreveu em seu perfil no Twitter. Luiz Penido (CBN) e Everaldo Marques (SporTV) foram outros locutores esportivos a lamentarem a morte de Januário de Oliveira.

Carreira de Januário de Oliveira

Gaúcho de Alegrete, Januário de Oliveira começou a carreira de narrador esportivo em emissoras de rádio no Rio Grande do Sul. Depois, no Rio de Janeiro, passou por veículos como a Rádio Nacional. Levou seus bordões e o jeito irreverente de transmitir partidas de futebol para a televisão, meio em que foi funcionário da Rede Manchete e da Band.

Em 1998, Januário teve um problema de saúde “cruel, muito cruel” para a sua profissão. Com 90% da visão comprometida em decorrência da diabete, ele foi obrigado a encerrar a carreira no meio da comunicação. Aposentado, trocou o Rio de Janeiro pelo Rio Grande do Norte, onde há anos vivia com a família — que anunciou que o corpo dele seria enterrado nesta terça-feira.

Irreverência e emoção

Em abril de 20219, Januário de Oliveira foi entrevistado pelo programa ‘No Mundo da Bola’, da TV Brasil. Na conversa, relembrou momentos de sua trajetória na mídia, de modo que lhe era característico: com irreverência. Mas além disso, ele prestou homenagem ao apresentador Sergio du Bocage, que se emocionou. Confira:

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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