O desfile de tanques da Marinha realizado na manhã desta terça-feira, 10, em Brasília, com direito a passar pela Praça dos Três Poderes, acabou por chamar a atenção do noticiário internacional. Em reportagem publicada em seu site, o jornal inglês The Guardian foi crítico à postura adotada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e se referiu ao ato como algo digno de uma “República das Bananas”.
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“Os críticos denunciaram a decisão ‘ao estilo república das bananas’ de Jair Bolsonaro de enviar tanques às ruas da capital do Brasil para um raro desfile militar no que foi amplamente visto como uma tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”, afirmou o The Guardian em reportagem assinada pelo jornalista Tom Phillips, correspondente do jornal no Rio de Janeiro.
Para a produção da matéria sobre o desfile militar, realizado no mesmo dia em que está programada votação sobre implementação (ou não) do voto impresso pelo plenário da Câmara dos Deputados, o correspondente do The Guardian se valeu de análises de colegas brasileiros. Tom Phillips registrou, por exemplo, que foi um jornalista quem inicialmente cunhou o termo “República das Bananas” ao comentar o episódio.
Grotesco. Lamentável. Desnecessário
Brunno Melo
“Ridículo. Grotesco. Lamentável. Desnecessário. Coisa de republiqueta de bananas”, publicou o jornalista Brunno Melo em seu perfil no Twitter – material citado na reportagem produzido pelo site do jornal The Guardian. Melo é apresentador no Distrito Federal da CBN, emissora de rádio mantida pelo Grupo Globo.
Jornalistas brasileiros e a República das Bananas
Em seu texto sobre o desfile militar e a República das Bananas, Tom Phillips dá voz a outros jornalistas brasileiros. Thaís Oyama (TV Cultura e UOL) e José Roberto de Toledo (revista Piauí) foram alguns deles. “A única língua que ele [Bolsonaro] fala é a provocação. A única coisa que ele entende são ameaças e caos”, afirmou Thaís, conforme trecho destacado na reportagem do The Guardian.