Depois de ver a sua antiga sede na Marginal Tietê, em São Paulo, leiloada, a Editora Abril corre o risco de ter de se desfazer de algumas de suas revistas. Em novo acordo de negociação de dívida, o conglomerado de mídia colocou 16 de seus títulos como garantia de pagamento. Carro-chefe da empresa, a Veja é uma das marcas envolvidas.
Leia mais:
- O Globo inicia parceria com o Sensacionalista
- Ex-repórter do ‘BBB’ estreia na TV Bandeirantes
- Revista Oeste tem nova diretora de redação
Segundo reportagem publicada nesta semana pelo portal Poder 360, a inserção de revistas como garantia ocorreu na parte que envolve a dívida de cerca de R$ 830 milhões com o governo federal. Ainda de acordo com a matéria sobre o assunto, a questão demorou dois meses para ser definida entre as partes, com acordo assinado junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional no mês passado.
Com o acordo, a Editora Abril terá dez anos para pagar o montante da dívida com o governo. Ao todo, a empresa colocou as seguintes marcas como garantia de pagamento:
- Cláudia
- Quatro Rodas
- GoRead
- Saúde
- Boa Forma
- Mundo Estranho
- Capricho
- Viagem & Turismo
- Guia do Estudante
- Você S/A
- Você RH
- Arquitetura & Construção
- M de Mulher
- Elástica
- Placar
- Veja
Editora Abril em recuperação judicial
O acordo para pagamento de dívida milionária é mais uma etapa no processo de recuperação judicial da Editora Abril, em curso desde 2018. Na parte de revistas, o conglomerado que por décadas foi controlado pela família Civita vendeu a Exame para o banco BTG Pactual, em dezembro de 2019. No último mês, a companhia já tinha se desfeito de sua icônica sede na Marginal Tietê, que acabou leiloada por R$ 118 milhões.