Proprietário do Jornal O Maricá, Robson Giorno foi assassinado no último sábado, 25, em frente a sua casa, na cidade litorânea do Rio de Janeiro. Ele foi alvo de criminosos que estavam em um Fiat Palio e dispararam tiros. Aos 45 anos e filiado ao Avante, ele tinha a intenção de se candidatar a prefeito no próximo ano.
De acordo com informações do G1, a Polícia Civil investiga o crime. Amigos e parentes do dono do Jornal O Maricá foram ouvidos pela equipe da Delegacia de Homicídios de Niterói, cidade vizinha a Maricá. Por ora, não há a identificação de nenhum suspeito. E nenhuma linha de investigação — como crime político — foi descartada até agora.
“Os agentes procuram possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança instaladas na região que possam ajudar a identificar a autoria do crime”, informa, em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O assassinato de Robson Giorno fez com que, além das autoridades policiais, a prefeitura de Maricá se posicionasse contra o crime.
Em nota, a prefeitura local se mostra preocupada com a situação e se colocou na torcida pela ligeira resolução do caso. “A Prefeitura de Maricá manifesta seu pesar pela morte trágica do jornalista Robson Giorno e espera que as investigações conduzam rapidamente à identificação e punição dos responsáveis”.
“Reiteramos nosso compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão, repudiamos também qualquer ato de violência. Reafirmamos ainda nossa permanente preocupação com a segurança de todos os que vivem e trabalham em Maricá. Nossos sentimentos à família”, complementou a prefeitura.
Por meio das redes sociais, Robson Giorno vinha demonstrando interesse em seguir carreira político. Filiado ao Avante, chegou a se colocar à disposição do partido para ser candidato a prefeito de Maricá na próxima eleição, a ser realizada em 2020. Com o assassinato, o diretório estadual da legenda prestou suas condolências. “O partido espera empenho das autoridades policiais para desvendar a autoria e rápidas investigações”, enfatizou o Avante fluminense.
Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamentou o assassinato de mais um comunicador brasileiro. “O Brasil, infelizmente, segue como um dos países com maior número de mortes de jornalistas e radialistas. Uma das razões para esse triste título é a frequente impunidade dos criminosos que atentam contra a liberdade e o direito da população de ter acesso à informação”, pontuou a ANJ.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), por sua vez, destacou que colocará seus recursos em favor da investigação do crime. “[A entidade mobilizou] a equipe do Programa Tim Lopes (que atua para combater a impunidade em crimes envolvendo comunicadores) para colher informações, podendo ampliar a investigação para que o caso seja devidamente apurado, se houver indícios de relação entre a morte e a atividade jornalística da vítima”.
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