cURL Error: Connection timed out after 10000 milliseconds Político se vê como bode expiatório e nega ter mandado matar radialista
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Político nega ter mandado matar radialista

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Cesar Monteiro, vereador pelo PR de Bragança (PA), nega envolvimento com o assassinato do radialista Jairo de Sousa. Político, que cumpre prisão temporária, se vê como vítima e bode expiatório

Durante pouco mais de quatro horas de depoimento, o vereador Cesar Monteiro (PR), 45 anos, negou ser o mandante do assassinato de Jairo de Sousa. O político também rechaçou a ideia de ter contratado um grupo para matar o comunicador. Aos 43 anos, o radialista foi assassinado na madrugada de 21 de junho, em Bragança (PA). O vereador se apresentou à polícia em 20 de novembro em Belém. Ele chegou a considerado foragido. Cinco meses após o crime, oito pessoas foram presas e uma continua foragida.

A morte de Jairo de Sousa é o segundo caso investigado pela equipe da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) dentro do Programa Tim Lopes. O projeto é desenvolvido com o apoio da Open Society Foundations para combater a violência contra jornalistas e a impunidade dos responsáveis. O primeiro caso foi o de Jefferson Pureza, 39 anos, em Edealina, no interior de Goiás. O comunicador foi executado com três tiros na cabeça enquanto descansava na varanda de sua casa, em 17 de janeiro. Seis pessoas estão detidas.

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Acompanhado de dois advogados, Cesar Monteiro disse se sentir abandonado pela base do governo de Bragança. O vereador disse que está sendo atacado por veículos de comunicação da cidade ligados à prefeitura local. Ele acrescentou haver um grupo que está tramando um complô contra ele, colocando-o como bode expiatório do crime, pois todos sabiam de suas divergências com o radialista. Em seu depoimento, o político apontou algumas pessoas como possíveis mandantes do assassinato.

Conversa com prefeito

Cesar Monteiro contou que, ao saber da presença da polícia em Bragança, em 16 de novembro, procurou o prefeito, Raimundo Nonato de Oliveira (PSDB), mais conhecido como Raimundão, em busca de ajuda. Afirmou aos delegados responsáveis pelo caso, Dauriedson Bentes da Silva e Eduardo Rollo, que, ao chegar à casa do prefeito, encontrou o secretário de Infraestrutura, Luciano Brito. Os dois saíram juntos de lá, depois de um breve encontro com Raimundão.

Na Operação Pérola, em que houve o pedido de nove prisões temporárias, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos na casa de Luciano Brito e nas duas empresas dos sobrinhos do vereador: a Terra Forte Terraplanagem e a Terra Forte Construção e Serviço, que pertencem a Yann Monteiro Leite e Odivaldo de Lima Leite Filho, conhecido como Dinho.

Prisão temporária

Segundo o delegado Dauriedson Bentes da Silva, da Divisão de Homicídios, Cesar Monteiro acrescentou que, no mesmo dia 16 de novembro, retirou sua família da cidade de Bragança por questões de segurança. Depois de ter sido ouvido, o vereador foi levado para o Centro de Recuperação Anastácio das Neves, que fica no complexo prisional Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém, para cumprir prisão temporária de 30 dias.

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Por Angelina Nunes.

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Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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